RELATÓRIO ACERCA DO DESENVOLVIMENTO DA SEXUALIDADE HUMANA NA FASE GENITAL ADULTA E IDOSA SEGUNDO A TEORIA FREUDIANA
LEONARDO SEREVO DA LUZ NETO
CRUZ, Jasmine Paz[1]
Graduanda em Psicologia – UNIR/Porto Velho
FARIAS, Ana Paula[2]
Graduanda em Psicologia – UNIR/Porto Velho
MEDEIROS, Janaína Gianne Araújo[3]
Graduanda em Psicologia – UNIR/Porto Velho
SANTANA, Jéssica Oliveira[4]
Graduanda em Psicologia – UNIR/Porto Velho
SILVA, Mariana Oliveira[5]
Graduanda em Psicologia – UNIR/Porto Velho
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo conhecer as representações da sexualidade em adultos e idosos no desenvolver da sexualidade na fase genital, a fim de entender a expressão da sexualidade desses indivíduos sob o olhar da teoria freudiana, a metodologia utilizada foi constituída através da prática da observação, aplicação de entrevistas e análise dos dados obtidos em conjunto com referências bibliográficas, o público atendido foi de homens e mulheres entre 25 e 70 anos, no total de 10 pessoas. Os resultados obtidos foram à constatação da escassez de trabalhos voltados à fase adulta do desenvolvimento humano, e inúmeras referências sobre as representações sociais da sexualidade em idosos, evidenciando as repressões sexuais sofridas por eles pela sociedade, o que também pudemos visualizar nas falas dos entrevistados, assim como tais como: os preconceitos, culpas, mudanças, necessidades, vontades, medos, etc. O nosso intuito de conhecer as representações da sexualidade desse público e as possíveis mudanças da prática sexual ficou limitada, devido principalmente a escassez no que se refere a artigos científicos direcionados a vida adulta e idosa na perspectiva da fase genital freudiana, devido também ao pouco conhecimento que o público tinha sobre o assunto sexualidade, ficou evidente que existe a confusão entre a sexualidade e o sexo em si, prejudicando a avaliação das respostas, e também devido ao número de participantes que aderiram a pesquisa, ainda assim, isto nos aponta a importância de serem aberta pesquisas referentes a essa temática.
Palavras-Chave: Sexualidade. Adulto. Idoso. Desenvolvimento humano. História da sexualidade.
ABSTRACT: This work aims to know the representations of sexuality in adults and elderly in the development of sexuality in the genital phase, in order to understand the expression of sexuality of these individuals under the eyes of Freudian theory, the methodology used was constituted through the practice of observation, application of interviews and analysis of the data obtained in conjunction with bibliographical references, the public attended was men and women between 29 and 66 years, for a total of 10 people. The results obtained were based on the lack of studies on the adult phase of human development and numerous references on the social representations of sexuality in the elderly, evidencing the sexual repressions suffered by them by society, which we could also visualize in the interviewees' as well as such as: prejudices, guilt, changes, needs, wants, fears, etc. Our intention to know the representations of the sexuality of this public and the possible changes of the sexual practice was limited, due to the little knowledge that the public had on the subject, it was evident that there is the confusion between the sexuality and the sex in itself, evaluation of the answers, and also due to the number of participants who joined the research, nevertheless, this points us the importance of being open researches related to this theme.
Keywords: Sexuality. Adult. Old man. Human development. History of sexuality.
1.INTRODUÇÃO
A sexualidade ainda é objeto de grande tabu por parte da sociedade, a sexualidade na fase genital que contempla adultos e idosos, é ainda mais problemática. Atualmente, os discursos que se encontram sobre o tema de sexualidade, ainda não abrangem todo o seu significado. Por uma perspectiva psicanalítica, a sexualidade nessa idade é vivenciada com características que só se adquirem com determinada idade. Queiroz et al (2015), relata bem tais vivências, particularmente as que se referem à terceira idade.
Sob essa perspectiva, Queiroz et al (2015) há também o aumento dessa população, e consequentemente, aumento dos olhares que tem o intuito de pensar adequadamente a velhice. Representações sociais estão presentes em todas as idades, bem como a representação social da sexualidade de adultos e idosos, e a concepção de sexualidade que vem mudando ao longo dos anos.
Consideramos esse tema de extrema importância, posto que ainda que sejam feitos estudos elaborados sobre o assunto, não contempla a dinâmica dessas pessoas em sua totalidade, e, pensamos ser necessária uma contribuição nesse sentido. Buscamos verificar sob o olhar desses atores do cotidiano, suas práticas e crenças, e sentimentos a respeito de sua própria sexualidade. O método de pesquisa escolhido foi uma entrevista aberta e uma fechada, na qual procuramos colher informações relevantes sobre o assunto, e tendo a entrevista como método de trabalho, a liberdade com que as questões podem ser tratadas foi considerada prioridade.
Os resultados encontrados revelam discrepância em alguns aspectos, como distinção de respostas com relação ao que poderia ser mais importante a respeito de suas sexualidades, e pudemos verificar inclusive, o que se entende por sexualidade em uma entrevista mais aberta, que dá margem para uma discussão mais ampla.
2.1 - Breve constituição histórica da sexualidade
A história da sexualidade humana, se tratando de um assunto complexo e vasto, será tratada aqui de forma pragmática com intuito apenas de contextualizar as raízes sócio-históricas que estão engendradas na visão das relações contemporâneas sobre a sexualidade. Faremos um recorte desta história, pontuando as civilizações antigas que deram origem às práticas sexuais ocidentais, desde a antiguidade até a contemporaneidade do século XIX, tentando apontara importância da cultura, crenças, mitos e costumes na formação da mentalidade e comportamento humano referente à sexualidade. Segundo Guedes et al (200-?) na Babilônia, capital da Mesopotâmia antiga considerada o berço do sexo cultural havia uma cultura voltada ao culto que devotava o amor sensual através da prática sexual, para os babilônicos tais práticas eram atribuídas o valor de um rito de passagem da natureza à cultura. Há registros que certificam que possuíam seus próprios santuários e liturgias, em que dentro deles ocorriam prostituições sagradas, relações sexuais heterossexuais, práticas sexuais entre mulheres, ou entre homens do mesmo sexo que ocorriam sem aparente condenação moral, e às sacerdotisas da deusa Afrodite (mulheres tidas como profissionais do sexo cultual) eram separadas de seu destino de esposas e mães, e atribuído a elas status social, eram respeitadas porque eram servas da deusa da fertilidade. Para este povo, o amor era uma atividade natural que culturalmente era praticado pelos indivíduos desta sociedade e o orgasmo os aproximava da presença da deusa. Esta cidade apenas se tornou conhecida pelo povo ocidental através Bíblia, dos relatos históricos do Antigo Testamento em que esta era indicada como exemplo de cidade pecaminosa, dita a "cidade prostituída", condenada devido ao sexo fora do casamento e como representação do sagrado e a cultuação aos deuses gregos. Na Grécia antiga, uma sociedade patriarcal, com base no casamento monogâmico, apesar de que ao homem grego adulto era socialmente permitido ter relações sexuais tanto com sua esposa quanto com suas concubinas. Restando à esposa cumprir com o papel da fidelidade. A prostituição sagrada ou o sexo cultual também existiam nessa formação de sociedade, porém com um caráter marginal, sendo reservados para locais específicos. Neste período estudos relatam que às práticas sexuais, ao homem grego também era resguardado o direito de ter relações com pessoas do mesmo sexo, alguns estudiosos delegam a essa prática a “homossexualidade grega”, contestado por outros que defendem como “pederastia grega”, que segundo a etimologia grega, significa "o amor pela criança (pais)", que consistia em uma relação pedagógica e amorosa entre um adulto e um adolescente incluindo a iniciação sexual. O que era determinante neste tipo de atitude sexual era a relação de atividade ou de passividade no ato sexual. Na pederastia grega o rapaz (eromenes) ocupa a posição passiva e o homem adulto (erastes) a posição ativa, tendo o amor como o intuito de torná-lo um homem sexualmente ativo e não o sexo em si o homem adulto mais sábio guiava o jovem em costumes, posturas, e componentes intelectuais na esfera social e sexual, esse rito de passagem ocorriam entre os 12 anos e encerrando essa relação aos sinais de maturidade física entre os 16 anos (GUEDES et al, 200-?).
Vale ressaltar que os gregos não aceitavam relações sexuais entre homens adultos como também entre mulheres. Entre os homens, eram condenados socialmente, já que um cidadão deveria ser sexualmente ativo, da mesma forma que era politicamente ativo. Caso este comportamento viesse a ser público, acarretava na perda de seus direitos políticos. E as mulheres apenas eram destinadas a procriação durante o casamento. Por tanto, a pederastia era considerada uma relação normal e superior em relação às demais formas de amor, valorizada possuindo uma função civil integrativa, que ensinava o indivíduo como assumir suas responsabilidades como cidadão. Práticas sexuais essas em que em outras culturas, épocas e civilizações e leis, seria classificada como estupro de vulnerável e pedofilia. No Brasil atualmente, por exemplo, no âmbito estritamente jurídico, a pedofilia é comumente conceituada como o abuso sexual de crianças e adolescentes, ensejando inúmeros crimes previstos tanto no ECA, quanto no Código Penal Brasileiro, a Lei nº 12.015 de agosto 2009, em que diz “A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente” e Art. 217-A do Código Penal; estupro de vulnerável (LIMA; FRANÇA, 2014). Na Roma antiga, ainda existia o comportamento bissexual na vida adulta, porém com certas mudanças, por ser tratar de um intenso ódio à relação de passividade, o sujeito passivo deveria ser, necessariamente, um escravo, independente da idade que tivesse. Através da lógica, “obtém-se prazer quando se é livre e dá-se prazer quando se serve”. O casamento romano era considerado um ato privado e informal, sendo de fácil realização e separação. Dois eram os motivos para se casar, nesta sociedade, o dinheiro e a existência legítima de descendentes. A ruptura dessa união poderia partir de ambos os lados (GUEDES et al, 200-?). Do período republicano a Roma imperial, duas morais diferentes constituíam a relação monogâmica. A primeira moral recomendava o casamento, a esposa também podia ser “emprestada” entre dois senhores, e no caso de adultério por parte da esposa, o marido era ridicularizado pela sociedade por ter falhado em “tomar conta” da esposa, pois esta era considerada como um ser irresponsável. A segunda moral indicava ao homem também a fidelidade outra ora atribuída apenas à mulher, e que ele só deveria fazer amor (sexo) com a finalidade da procriação, respeitando sua mulher, e esta deveria ser valorizada, ou seja, uma relação pautada no sentimento. Durante o Império Romano nasce o Cristianismo, com base nos ensinamentos de Jesus Cristo que seria o Messias, considerado por seus seguidores o enviado por Deus ao mundo para libertar e salvar seus fieis. Seu nascimento ocorreu durante o reinado de Otávio Augusto, primeiro imperador romano, num período com fortes influencias judaicas, sociedade judaica, que por sua vez, havia uma grande motivação social para a repressão das manifestações prazerosas da sexualidade. Os judeus tinham a necessidade de se afirmar como povo, visto que os outros povos da época eram todos politeístas, com deuses altamente sexuados e eróticos, como vimos na sociedade babilônica, e esses teriam se originado da união sexual entre deuses quase sempre irmãos, o que caracterizava ato incestuoso, o que justificaria o culto em um Deus assexuado (Javé), sem ter ocorrido ato sexual para seu nascimento, sem haver o peso do culto a uma “sexualidade sagrada”. Alguns valores judaicos foram mantidos, todos os sacerdotes cristãos eram incentivados a manter uma vida sexual ativa regulamentada através do casamento monogâmico e heterossexual, por exemplo. Mas, com o passar do tempo, nos primeiros séculos da era cristã, os tratados teológicos enalteciam a virgindade feminina e desvalorizavam o matrimônio. E escreveram também instruções a cerca dos desejos sexuais direcionadas a alguns servos de Deus de acordo com os autores:
Entre os séculos IV e VI, surgiu a literatura monástica, destinada aos homens que viviam isolados em monastérios e lutavam constantemente contra seu desejo. Esses escritos abordavam o combate solitário da fornicação e forneciam aos monges técnicas de observação da "carne", para combatê-la. (DANTAS, 2010, p.701).
Para atrair mais fiéis, a Igreja abriu mão da estratégia de defesa oa matrimônio, tratando-o como um paliativo para aqueles que não eram capazes de dedicar-se à abstinência, não como ato que purificaria seus corpos, mas como forma de diminuir a imundície. O casamento que era uma prática da aristocracia e restrita ao espaço doméstico sofreu a interferência da Igreja, no século XII, construindo regras e preceitos acerca do casamento, induzindo os cristãos a seguir seu modelo matrimonial, cujos principais preceitos eram a indissolubilidade conjugal e a monogamia, esse ideal de casamento foi imposto e caso não cumprido os fieis estariam sob a ameaçar da excomunhão. A cerimônia nupcial antes realizada nos seios das famílias foi transferida para a Igreja, o que garantiu ao padre celebrá-la, como explica Dantas (2010, p.703-704) “[...] o matrimônio passou a ser uma instituição pública e religiosa” e “[...] a Igreja só conseguiu exercer poder legítimo sobre a vida conjugal, quando promoveu a sacramentalização do matrimônio nos séculos XII e XIII”. A sacramentalização do casamento assegurou a consolidação do poder político da Igreja, mas não antes de enfrentar a oposição aristocrática, pois os aristocratas tinham o hábito do repudio as suas mulheres e formação de novos casamentos. Obrigando a Igreja a não proibir expressamente a dissolução do vínculo matrimonial. De forma gradativa o modelo cristão de casamento, monogâmico e inalterado foi prevalecendo. Essa relação ao controle da igreja sobre as condutas dos fieis diante o casamento, houve um método empregado para se ter o controle dos atos sexuais do casal, foram elaborados códigos jurídico-teológicos que discriminavam os atos permitidos e os proibidos. Foi declarado que o sexo era apenas para fim de reprodução, e todo o resto era lascívia, foram estipuladas dadas para não existir relações sexuais com sinal de respeito a dias sagrados, entre outras proibições. Como Dantas descreve, (2010, p.706) “[...] ato sexual foi proibido nos dias sagrados, nas celebrações religiosas, aos domingos, nos períodos de menstruação, gravidez, amamentação e nos quarenta dias após o parto. Os teólogos, pois, restringiram consideravelmente o tempo dedicado à prática sexual”. Após um dado tempo, a igreja percebeu através das confissões dos fieis que apesar das tentativas de controlar a intimidade dos casais, ela não conseguia vigiar de forma absoluta algo tão restrito, então Segundo Dantas (2010 apud VAINFAS, 1986, p.707), “a partir do século XVI, houve maior flexibilização dos teólogos em relação ao ato conjugal por essa razão, flexibilizaram minimamente as estratégias adotadas e as penalidades aplicadas”. E assim, chegamos à contextualização através dos tempos, da formação dos aspectos da sexualidade humana por uma perspectiva histórica.
2.2- Breve histórico das representações sociais da sexualidade em adultos
A sexualidade, segundo Vitiello e Conceição (1993), pode ser entendida a partir de um enfoque amplo e abrangente, manifestando-se em todas as fases da vida em todo e qualquer ser humano e apesar do que se propaga culturalmente e popularmente, tem na genialidade apenas um dos seus aspectos, talvez até o menos importante.
Dall’Agnol (2003) nos alerta sobre as conotações que certos assuntos têm ao longo dos anos e como alguns se mantêm num mesmo padrão, enquanto outros sofrem processos significativos de alteração. Existe ainda, segundo a autora, uma complexidade ao se definir vocábulos relacionados ao tema da sexualidade na fase adulta do desenvolvimento humano, este fato está diretamente relacionado à multiplicidade de aspectos que a mesma abrange, bem como a amplitude se seu significado.
Dentro dos referenciais psicológicos, como Dall’Agnol (2003) afirma, podemos atribuir um significado contemporâneo de sexualidade derivado diretamente dos achados psicanalíticos de Freud, que rompeu com os campos de perversões e repressões adotados pela visão biomédica e psicológica da época. Por outro lado, Foucault na pós-modernidade diz que a sexualidade é fruto de diferentes fatores, propondo um conceito mais amplo, entre eles: discursos dos sábios, da regras e imperativos dos poderes que estabelecem e do sentido e valor, condutas, deveres, prazeres que conhece ou aos que aspira. Compreendemos as representações sociais, como nos orienta Vieira et al (2016), como um sistema de valores, ideias e práticas que apresentam dupla função: estabelecer uma ordem que possibilita às pessoas orientarem-se em seu mundo material e social e controlá-lo; e também possibilitar que a comunicação seja possível entre os membros de uma comunidade, fornecendo-lhes um código para nomear e classificar, sem ambiguidade, os vários aspectos de seu mundo e da sua história individual e social. Logo, a sexualidade não pode ser reduzida ao ato sexual, mas pode ser entendida como um modo de ser que se incorpora a um corpo mediante às suas práticas. Dentro de um contexto mais amplo, Vitiello e Conceição (1993), pode-se considerar a influência da sexualidade que permeia todas as manifestações humanas, do nascimento até à morte. Dessa forma, podemos pensar a sexualidade dentro de uma dimensão biopsicossocial, onde o sujeito recebe forte influência do convívio social na construção da significação. Marola, Sanches e Cardoso (2011) reforçam “[...] o sentido da sexualidade como um processo simbólico e histórico ao afirmar que a constituição da identidade de um sujeito se manifesta na forma como ele vive as questões de trato íntimo, considerando as questões morais e éticas do grupo social em que está inserido” (p. 96). Diante disso, estas significações foram construídas e passam por processos de ressignificação de modo contínuo onde o contexto histórico atribui novas significações. Os movimentos da década de 70, por exemplo, provocaram inúmeras mudanças nas práticas sexuais e na sexualidade, desmitificando a reprodução e apresentando uma aproximação do corpo e promoção da saúde às mulheres. Neste sentido, podemos pensar em vários outros movimentos, avanços ou mudanças de paradigmas que modificaram as representações sociais em dado momento histórico. Vitiello e Conceição (1993) afirmam que a fase adulta é ou deveria ser o período mais significante da sexualidade humana, pois o sujeito se encontra suficientemente maduro e seguro para o estabelecimento sólidos de vínculos afetivos e, em sua maioria, usufruir adequadamente e prazerosamente, se sua sexualidade. Essa maturação de que se fala, pode estar representada em diferentes momentos e isto irá depender de cada pessoa e suas vivências em cada etapa do desenvolvimento humano, entretanto, é atingida mais frequentemente durante a fase de adulto-jovem, até os 30 anos, ou no final dela.
Infelizmente, à custa de uma distorcida educação sexual e de preconceitos sociais os mais diversos (entre os quais o machismo tem evidente relevo), nem sempre é assim. Não é incomum que as pessoas tenham uma noção distorcida da sexualidade, deixando de vê-la como algo positivo, como algo de bom e belo, como um dom. (VITIELLO; CONCEIÇÃO, 1993, p. 55).
Observamos que ao longo da história criou-se conceitos bastantes distorcidos da sexualidade, onde homens e mulheres atribuíram a si metas supremas e obrigatórias, como o orgasmo, considerado o ápice ou significado real da sexualidade, logo,
Nesta acepção, é “obrigação” do homem dar orgasmos à mulher, como se orgasmos fossem presentes que a onipotência masculina possa distribuir a seu bel-prazer. A mulher, por sua vez, para considerar-se “verdadeiramente mulher”, deve ter orgasmos (de preferência, múltiplos), sem o que considera-se fracassada. (VITIELLO; CONCEIÇÃO, 1993, p. 55).
Paiva (2008, apud Weeks 2000), por outro lado, busca compreender e nos proporciona uma visão mais ampla diante das atitudes em relação ao corpo e à sexualidade, apreendendo as relações de poder que modelam o que se define como normal e anormal. Sexo seria o termo descritivo para as diferenças anatômicas básicas, externas, que diferenciam biologicamente o homem e a mulher, gênero é a diferenciação social entre homens e mulheres e sexualidade é uma descrição geral para uma série de crenças, comportamentos, relações e identidades socialmente construídas e historicamente modeladas, sem se reduzir à prática sexual.
3– METODOLOGIA
O presente trabalho foi desenvolvido a partir de uma atividade teórica e prática da disciplina de Sexualidade Humana. A metodologia do trabalho consistiu em análise de referências bibliográficas publicadas com as palavras-chaves: sexualidade humana em adultos e idosos; elaboração de um breve roteiro de entrevista (vide apêndice) direcionado a adultos e idosos na faixa etária de 25 a 70 anos a partir do referencial teórico analisado; seleção de um questionário obtido nas plataformas digitais de pesquisa e modificado visando os objetivos do presente trabalho (vide anexo); observação de adultos e idosos e aplicação da realização de coleta de dados em uma praça local na cidade de Porto Velho-RO, em uma noite de evento cultural; análise dos resultados com base no referencial teórico e escrita do relatório.
4– RESULTADOS
O roteiro de entrevista foi aplicado com quatro participantes e o questionário obtido em plataforma digital foi aplicado a outros seis participantes, totalizando 10 participantes ao final.
Tabela 1 – Categorização da resposta dos adultos e idosos entrevistados, RO, Brasil, novembro de 2017.
PARTICIPANTE |
IDADE |
SEXO |
RESPOSTAS |
I |
53 |
M |
Respeito Fidelidade Proteção da Saúde |
II |
31 |
F |
Fidelidade Liberdade Diálogo Aberto |
III |
50 |
F |
Respeito Autoestima Fidelidade |
IV |
50 |
M |
Proteção da Saúde Autoestima Liberdade |
V |
64 |
F |
Respeito Amor Proteção da Saúde |
VI |
66 |
F |
Respeito Prazer Informação |
Fonte: próprios autores, 2017.
Entrevista 1: Participante 1 - Idade: 53 anos, Sexo: masculino.
Tudo e mais um pouco. Sem isso a gente não caminha né?
Acho que a experiência conta. Criança, jovem, adulto... Muda no melhor sentido, da aprendizagem.
Uma maravilha. Existe um preconceito muito grande com relação a sexo na terceira idade, mas parece que a coisa é mais aguçada (contou o exemplo de uma vizinha com quem conversava sobre sexualidade). Eu a ajudei de alguma forma e ela me ajudou também. Quando eu era criança era diferente. Existe a vontade, mas não que eles não queiram, é saber como chegar.
A principal repressão é pela sociedade, que condena. É achar que a vida acabou... que se está velho, que está morto.
Sim. No passado as coisas eram mais camufladas, hoje dizem “tá todo mundo perdido”, não acho que é perdido, as coisas estão mais visíveis. Sempre existiu, (dá o exemplo de uma vizinha que tinha dois maridos), só que embaixo de sete chaves (contou o exemplo de colégio de freiras em que havia casos de homossexualidade). Sempre existiu e hoje as coisas fluem muito mais. Na modernidade todo mundo sabe de tudo.
Entrevista2: Participante 2 - Idade: 39 anos, Sexo: feminino.
Acho que nós precisamos do sexo. Pode ver, a gente fica meio perturbado quando ficamos sem. Ainda mais se for com uma pessoa que a gente ama.
Sim.
Obs: a participante preferiu não dar mais informações sobre essa pergunta.
Normal, se você se sentir bem e quiser fazer...
Sim. Meu pai de 76 anos, acho que como ele não faz mais, ta meio desligado das coisas.
Antigamente tinha mais amor um pelo outro.
Entrevista3: Participante 3 - Idade: 29 anos, Sexo: feminino.
Um alívio no orgasmo feminino. É uma necessidade feminina.
Não.
Muito bom!
Sim. Não sei te dizer mas tem.
Não.
Entrevista4: Participante 4 - Idade: 53 anos, Sexo: feminino.
Pra mim, tem que representar amor, união.
Com certeza. Hoje em dia, o pessoal pensa que sexo é brincadeira.
Tudo é diferente entre quatro paredes.
Existe sim um preconceito, porque hoje em dia o pessoal...
Obs: a entrevistada recebeu uma ligação e precisou ir embora na mesma hora.
5– ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
Os dados de campo foram obtidos por meio de observações, aplicação de um questionário estruturado e entrevista semiestruturada com adultos e idosos em um ambiente cultural na cidade de Porto Velho-RO, em novembro de 2017. Foi de fundamental importância o levantamento bibliográfico para a criação da entrevista e modificação do questionário obtido em plataformas digitais de acordo com as delimitações realizadas em grupo.
O levantamento bibliográfico nos possibilitou analisar as principais características acerca da sexualidade de adultos e idosos e os principais eixos a serem verificados no contato prático em campo. Dessa forma, observamos a escassez de trabalhos voltados à fase adulta do desenvolvimento humano e, por outro lado, os achados nos mostraram as inúmeras referências sobre as representações sociais da sexualidade em idosos, evidenciando as repressões sexuais que envolvem o ser idoso dentro da sociedade. O trabalho em campo foi realizado em um evento cultural que envolvia danças e comidas típicas de outras regiões e reuniu diversas pessoas, entre elas crianças, jovens, adultos e idosos, na área central da cidade. A observação, aplicação dos questionários e entrevistas totalizaram cerca de 3 horas de duração. Alguns fatores ambientais dificultaram a aplicação dos instrumentos, como o som alto e o fluxo contínuo de pessoas, contudo, o ambiente possibilitou observações significativas acerca das manifestações pessoais e grupais. O grupo presente era constituído em sua maioria por casais adultos e idosos, entre 25 e 70 anos.
O roteiro de entrevista foi baseado em perguntas com o intuito de conhecer as representações da sexualidade em adultos e idosos e as possíveis mudanças da prática sexual, bem como da sexualidade em momentos diferentes da vida, além dos fatores para tais mudanças. Estas perguntas nos auxiliam a compreender diferentes fatores que preponderam a sexualidade na vida dos seres humanos, tais como: os preconceitos, culpas, mudanças, necessidades, vontades, medos, etc. O questionário contribuiu na verificação dos principais fatores que nos levam a entender a significância e representatividade que adultos e idosos depositam no que consideram sexualidade e se mostrou de fácil aplicação diante das variáveis ambientais. Os dados em concomitância contribuem para uma análise, ainda que limitada decorrente do número de participantes, importante para compreendermos a sexualidade dentro de uma perspectiva mais ampla e possibilita expandirmos a discussão teórica já existente.
5.1- Sexualidade e relações sexuais
De acordo com Foucault (1998, apud LEAL 2003) o termo sexualidade surge no início do século XIX, e mesmo antes do surgimento, já haviam estudos sobre práticas e comportamentos sexuais, sobre temas relacionados, que tiveram início pelo menos, no século XVII. Leal (2003), fala que a sexualidade só passou a ser um valor, independentemente de quais partes do corpo ou atos são considerados sexuais, a partir de Foucault no século XX. A autora coloca que o que é tido como sexualidade no mundo contemporâneo, são conjuntos de fenômenos que tem relação com a vida sexual, ato sexual, desejos e fantasias sexuais, comportamentos sexuais ou partes do corpo que são consideradas sexuais.
Queiróz et al (2015) afirma que a produção do prazer está intimamente relacionada a sexualidade, mas há uma confusão, posto que a sexualidade é reconhecida apenas através do ato sexual, como se este fosse o único modo de se falar sobre sexualidade. Em uma ótica psicanalítica, a sexualidade seria dirigida então ao prazer e seus desdobramentos, assim como ao aspecto erótico e a própria relação sexual.
Há uma necessidade implícita de se conhecer melhor a sexualidade em sua totalidade, e Vieira et al (2016), traz explicações que diferenciam esses termos, ou seja, entre sexo, relação sexual e sexualidade. No artigo, é mencionado que há um documento elaborado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em que é feita uma distinção entre sexo, que são as características de cunho biológico que definem quem é homem e quem é mulher.
Já a sexualidade é tida como “um aspecto central do ser humano do começo ao fim da vida, e circunda sexo, identidade de gênero e papel, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução” (KRUG et al, 2002 apud VIEIRA et al, 2016, p.21)
Um estudo de Uchôa et al (2016) no qual foi constatado que a maioria idosos não sabem ou não conseguem, distinguir entre sexo e sexualidade, pensando estes, como o ato sexual e a reprodução, e não como fonte de prazer, maneira de expressar e vivenciar o prazer. Também foi verificado, que as campanhas que tem relação com a sexualidade, não são pensadas para o público idoso, e, portanto, a falta de informação também é proeminente nesse sentido.
Isso decorre do tabu que a sexualidade na terceira idade enfrenta, ao passo que a sexualidade na fase adulta, é chamada de “fase da maturidade”, há uma percepção reducionista que fornece base à essas duas fases da vida, e os aspectos psicossociais, emocionais, físicos, estão constantemente envolvidos nestas fases.
Hogan (1985, apud ROZENDO; ALVES, 2015), coloca a sexualidade como algo que deve ser compreendido como inerente a todo indivíduo, considerada singular de cada pessoa e tendo manifestação em qualquer momento da vida. Ela seria então, uma mistura de sentimentos simbólicos e físicos, tais como aceitação, ternura, prazer e respeito, por exemplo. Rozendo e Alves (2015) constataram a partir de uma pesquisa feita com idosos, que muitos deles procuram a realização sexual justamente na terceira idade, e que estão felizes com sua vida sexual, a considerando satisfatória, ainda que seja um tabu para a sociedade como um todo.
O que foi verificado nessa pesquisa, corrobora com o que Hogan (1985) apud Rozendo e Alves (2015), afirmam sobre a sexualidade, sobre uma fusão de sentimentos físicos e simbólicos, de modo que, está explícito na fala da maioria dos participantes do questionário específico, que pensam o respeito e a fidelidade como um fator preponderante à relação.
Com relação a campanhas de prevenção a doenças, é constatado na entrevista, que outro fator importante vem a ser o de proteção à saúde, e essa pesquisa elucida muitos aspectos que tem conexão com comportamentos observáveis no próprio local onde foram realizadas as entrevistas.
5.2- A sexualidade dentro de uma perspectiva transgeracional
A sexualidade é vista sob distintas perspectivas ao longo de gerações e Vieira et al. (2016) defendem que sejam consideradas características específicas de cada fase do desenvolvimento da sexualidade humana e a influência de fatores sócio-históricos, incluindo aspectos políticos, econômicos, ideológicos e biopsicossociais no desenvolvimento e no comportamento humano. No que se refere ao casamento, Carvalho e Paiva (2010) apontam mudanças culturais ocidentais da Idade Média à atualidade. Segundo as autoras, o casamento foi estabelecido como um sacramento pela Igreja Católica e tinha por finalidade única a procriação. No período de transição entre a Renascença e a Idade Moderna, no século XVIII, o casamento passa a ser visto de uma perspectiva em que prioriza-se o amor, a compatibilidade entre os cônjuges e a prática sexual torna-se mais aceita. Posteriormente, no período da Revolução Industrial ocorre uma aproximação dos vínculos emocionais familiares e começa-se a discutir o casamento como uma escolha envolvendo o amor e não necessariamente uma obrigatoriedade, considerando a satisfação de ambos os cônjuges. No século XX, a partir do desenvolvimento da Psicanálise, a sexualidade tornou-se assunto de maior destaque, apontando sua importância no desenvolvimento do ser humano, a existência de relações edípicas e a categorização das fases do desenvolvimento. Nesse processo, casar-se e permanecer casado tornaram-se escolhas, divergindo em alguns pontos da perspectiva religiosa.
Bauman (2004, apud CARVALHO; PAIVA, 2010) apresenta que a sociedade atual está em um processo de individualização e que busca cada vez mais relações descartáveis, solúveis, de duração incerta, acreditando que sempre é possível encontrar para si um parceiro melhor, de maneira que quanto maior for o desapego, melhor, o que mascara um real desejo dos seres humanos de se relacionar. Carvalho e Paiva (2010) explicam que grande parte dessa mudança de perspectiva está relacionada aos movimentos feministas, à mudança do papel da mulher, ao desenvolvimento da pílula anticoncepcional e ao surgimento do divórcio. Por meio de estudo de campo as autoras analisaram que ao contrário do que possa parecer muitas mulheres na atualidade, sejam elas jovens ou de mais idade, apresentam contradições entre um discurso “revolucionário” e no inconsciente ideias conservadoras a respeito do papel da mulher e o papel do homem na sociedade, além de idealizações a respeito da vida matrimonial e da maternidade, decorrentes de valores arraigados a partir de heranças familiares e sociais. Ao final do estudo, elas verificaram que as mulheres de mais idade consideram que na atualidade as pessoas vêem a sexualidade apenas como diversão, revelando que na opinião delas as mulheres deveriam ser submissas e focarem na maternidade e no lar.
Muito se tem modificado ao longo das gerações a perspectiva sobre a sexualidade. No século XXI as discussões são mais abertas do que eram no passado e abriu-se espaço para abordar além do tema sexo e da prática sexual, outros aspectos da sexualidade, tais como identidade de gênero, orientação sexual, libido, dentre tantas questões possíveis de se abordar. Porém, verifica-se que apesar da maior abertura para a discussão, ainda é um tabu na sociedade ocidental discutir tais assuntos.
Conforme discorrido no decorrer do presente trabalho, a sexualidade humana tem suas raízes desde civilizações antigas, sendo estas as que deram origem ás práticas sexuais ocidentais. São de importante relevância a compreensão da influência da cultura, crenças, mitos e costumes na formação da mentalidade e comportamento humano referente à sexualidade, podendo assim ser pensada a partir da perspectiva biopsicossocial.
Vimos também que a sexualidade não está limitada ao ato sexual, pois pode ser entendida como um modo de ser que se incorpora a um corpo mediante as suas práticas, ou seja, é basicamente a maneira como vivenciamos o ser homem e ser mulher.
Cada fase do desenvolvimento da sexualidade humana possui suas características prevalentes, na fase adulta considera-se que o indivíduo se encontre maduro e seguro para estabelecer sólidos vínculos afetivos, usufruindo assim, adequadamente de sua sexualidade. No caso dos idosos, há a prevalência do qualitativo nas relações, nas manifestações dos afetos, como ternura, companheirismo, compreensão, dentre outros, não descartando, de forma alguma, a continuidade da atividade sexual nesta fase, apesar das representações sociais repreensivas que estes vivenciam dentro da sociedade.
Por fim, aliado as contribuições bibliográficas e a pesquisa de campo realizada, foi possível compreendermos a amplitude relacionada ao tema sexualidade humana, principalmente ao que se refere à fase da velhice. Salientamos que o nosso intuito de conhecer as representações da sexualidade desse público e as possíveis mudanças da prática sexual ficou limitada, devido principalmente a escassez no que se refere a artigos científicos direcionados a vida adulta e idosa na perspectiva da fase genital freudiana, devido também ao pouco conhecimento que o público tinha sobre o assunto sexualidade, ficou evidente que existe a confusão entre a sexualidade e o sexo em si, prejudicando a avaliação das respostas, e também devido ao baixo número de participantes que aderiram a pesquisa. Destacamos por isso a importância da produção de materiais voltados à fase adulta do desenvolvimento humano nessa perspectiva.
CARVALHO, F. C. G.; PAIVA, M. L. S. C. O olhar de três gerações de mulheres a respeito do casamento. Boletim de Psicologia. São Paulo, v. 59, n. 131, p. 223-235. 2010. Disponível em: <https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-59432009000200008>. Acesso em: 28 de novembro de 2017.
DALL´AGNOL, Rosângela de Sant´Anna. A sexualidade no contexto contemporâneo: permitida ou reprimida? Psic, São Paulo, v. 4, n. 2, p. 26-31, dez. 2003. Disponível em: <https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-73142003000200004&ln g= pt&nrm=iso>. Acesso em: 10 nov. 2017.
DANTAS, Bruna Suruagy do Amaral. Sexualidade, cristianismo e poder. Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro , v. 10, n. 3, p. 700-728, dez. 2010 . Disponível em <https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812010000300005> Acesso em 28 nov. 2017.
GUEDES, Cristiane de Paula; NASCIMENTO, Karina Cataldo Silva do; ARAÚJO Mariana Pucca de; SANTOS Marina de Mello e; NETO, Patrícia de Carvalho. A Sexualidade Humana na perspectiva sócio-histórica de Vygotsky. Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, [200?]. Disponível em <https://www.lite.fe.unicamp.br/papet/2004/ep127/Sexualidade_a.htm#7>. Acesso em 26 nov. 2017.
LEAL, Andrea Fachel. Uma antropologia da experiência amorosa: Estudo de representações sociais sobre sexualidade. 2003. 154 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Antropologia Social, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande Sul, Porto Alegre, 2003. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/2098/000364088.pdf?sequence=1>. Acesso em: 28 nov. 2017.
LIMA, Antonio Henrique Maia; FRANÇA, Mauricio Serpa. O direito penal, pedofilia e os crimes sexuais contra vulneráveis. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVII, n. 130, nov 2014. Disponível em: <https://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14364>. Acesso em 25 nov 2017.
QUEIROZ, Maria Amélia Crisóstomo et al. Representações sociais da sexualidade entre idosos. Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 68, n. 4, p. 662-667, 2015. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672015000400662&lng=en&nrm=iso>. acesso em 28 nov. 2017.
ROZENDO, Adriano da Silva; ALVES, Juliana Medeiros. Sexualidade na terceira idade: tabus e realidade. Kairós Gerontologia, São Paulo, v. 18, n. 3, p.94-107, set. 2015. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/26210>. Acesso em: 28 nov. 2017.
UCHOA, Yasmim da Silva et al. A sexualidade sob o olhar da pessoa idosa. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro, v. 19, n. 6, p. 939-949, dez. 2016.Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232016000600939&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 28 nov. 2017.
MAROLA, Caroline Andreia Garrido; SANCHES, Carolina Silva Munhoz; CARDOSO, Lucila Moraes. Formação de conceitos em sexualidade na adolescência e suas influências. Psicol. educ., São Paulo, n. 33, p. 95-118, dez. 2011. Disponível em: <https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752011000200006 &lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 09 nov. 2017.
VIEIRA, Kay Francis Leal et al. Representação Social das Relações Sexuais: um Estudo Transgeracional entre Mulheres. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 36, n. 2, p. 329-340, 2016. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-9893201600 0200329&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 09 nov. 2017.
VITIELLO, Nelson; CONCEIÇÃO, Isméri Seixas Cheque. Manifestações da Sexualidade nas Diferentes Fases da Vida. In: VITIELLO, Nelson (Comp.). Sexualidade Humana. 4. ed. São Paulo: Sbrash, 1993. Cap. 6. p. 47-62. Disponível em: <https://www.sbrash.org.br/revista/rbsh>. Acesso em: 09 nov. 2017.
ENTREVISTA ACERCA DA SEXUALIDADE HUMANA
QUESTIONÁRIO DE SEXUALIDADE HUMANA
Nome (iniciais):_____________________________
Idade:____________________________________
Sexo: (F) Feminino (M) Masculino
Segue-se uma lista de valores de alguma forma associados à vivência da sexualidade humana. Desta lista selecione os 3 VALORES com que mais se identifica face à sua experiência pessoal.
SELECIONE APENAS TRÊS ITENS
1) Respeito – tratar o outro com urbanidade, justiça, consideração e apreço |
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2) Prazer – estado afetivo agradável, satisfação, contentamento, alegria, gosto, deleite |
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3) Informação – ato ou efeito de esclarecer-se sobre um determinado assunto.
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4) Fidelidade – relação caracterizada por uma união exclusiva entre os elementos da casa |
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5) Liberdade – agir livremente sem coerção e segundo à sua vontade, mas respeitando os outros |
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6) Amor – sentimento que nos impele para o objeto dos nossos desejos; afeição; paixão. |
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7) Desprendimento – ato ou efeito de desapego e alheamento a uma relação estável. |
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8) Proteção da saúde – adotar de comportamentos seguros e saudáveis.
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9) Diálogo aberto – conversa entre duas ou mais pessoais livre de tabus ou preconceitos. |
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10) Prevenção da gravidez – adotar medidas específicas para prevenir a gravidez
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11) Sexo impessoal – procura de parceiros(as) sexuais sem estabelecer uma ligação afetiva |
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12) Aspectos físicos- qualidade do corpo formoso, belo, lindo, que é agradável à vista. |
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13) Autoestima – possuir sentimentos positivos sobre si como, por exemplo, confiança e apreço |
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14) Outros (especifique): |
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[1] Graduanda do Curso de Psicologia –Universidade Federal De Rondônia (UNIR) – Porto Velho/RO –
[2] Graduanda do Curso de Psicologia –Universidade Federal De Rondônia (UNIR) – Porto Velho/RO –
[3] Graduanda do Curso de Psicologia –Universidade Federal De Rondônia (UNIR) – Porto Velho/RO – janaina2medeiros@outlook.com
[4] Graduanda do Curso de Psicologia –Universidade Federal De Rondônia (UNIR) – Porto Velho/RO –
[5] Graduanda do Curso de Psicologia –Universidade Federal De Rondônia (UNIR) – Porto Velho/RO –